O curso aborda a relação entre vida e obra em Vincent van Gogh, nesse sentido que a tragédia, enquanto fenômeno ontológico inerente ao indivíduo e à um determinado período histórico, transpassa da vida à arte através do mestre holandês e se revela tanto em sua consciência sobre a realidade, como também sua expressão de mudança constante revelada através da estética pictórica. Este curso propõe revelar o estreitamento entre a vida e a obra em van Gogh, e como de sua tristeza e desespero ele lograva extrair tão viva as suas pinturas em sensações estéticas impactantes, à exemplo dos girassóis. O é destinado para todo o amante da arte e da filosofia.
Aula 1 | A tragicidade nietzscheana: a dualidade apolínea/ dionisíaca. A arte como alívio ou cura das dores existenciais, e como superabundância de vida ou transbordamento do viver. A aula trata da fundamentação teórica que melhor explica a consciência trágica do pintor holandês Vincent van Gogh. Em um segundo momento, ainda nesta aula, há que se revelar elementos da vida do pintor, especialmente a história de seus antepassados e a infância em seu contexto histórico.
Aula 2 | Vincent van Gogh, o professor, o missionário e o artista. Neste momento é abordado todo o processo de desenvolvimento humano e cultural em Vincent van Gogh, bem como o conflito moral e interpessoal naquele determinado período histórico, tenha sido com sua família ou com os movimentos artísticos de vanguarda, com as mulheres e suas paixões. Ademais, será abordado também a fase holandesa do Vincent pintor, suas influências pictóricas, literárias e religiosas, suas experiências e como isso afetou sua produção artística e suas ideias. Cronologicamente, esta aula se encerra quando Vincent se muda para PARIS no ano de 1886.
Aula 3 | Esta aula aborda o período mais denso e tenso da vida e obra de Vincent van Gogh, desde o momento em que ele se moderniza vivendo em Paris, passando por Arles e sua internação em Saint Remy, até sua morte nos campos de trigo em Auvers Sur Oise. Nesta última aula, a questão da tragédia fica exposta à inúmeras reflexões sobre a psicologia do pintor holandês, e como ele parecia encarar a vida como uma realidade inevitável e uma expressão do devir, no qual a arte começa a ganhar, definitivamente, um caráter de expressão máxima da visão do artista sobre a realidade, e o único sentido existencial. As várias mutações de sua arte, o exagero no empastamento, a velocidade das pinceladas, a proximidade à abstração da imagem, o flerte com a morte e a intensidade das cores, em tudo há expressão da visão de mundo e da condição psíquica do pintor.
Sobre o professor: Felipe Quartim Barbosa Cação, é mestre em História Social da Arte na Pontifícia Universidade Católica, PUC – SP, e especialista em Política e Sociedade no Brasil Contemporâneo pela Universidade de Taubaté. Graduado na Universidade de Taubaté, Unitau – SP. Neste ano (2024) publicou dois volumes da obra “Uma expressão da tragédia nietzscheana na vida e obra de Vincent van Gogh, através da Editora Ibis Libris, obra que que narra a relação entre vida e obra de Vincent van Gogh, sob a perspectiva da visão nietzscheana a respeito de tragédia e arte. Atualmente é artista e trabalha na produção e venda de pinturas. (Instagram: felipeopintor)