Em 26 longas de ficção, o austríaco Billy Wilder se consolidou como um dos maiores nomes de Hollywood, seja nos roteiros engenhosos ou nas direções espirituosas, cheias de habilidade tanto para o humor visual quando para o humor verbal, como também para situações dramáticas graves em filmes de guerra ou que envolvem o crime.
É injusto dizer que é um diretor dependente do roteiro, e que imagem não é o seu forte. Esse é um velho preconceito contra diretores que iniciaram roteiristas. Mas basta ver ou rever seus melhores filmes, dos dramas às comédias, para notar um hábil pensador do espaço e da interação entre os atores.
O presente curso vai passar pelas facetas demonstradas pelo diretor durante sua carreira, tendo ao menos um grande filme em cada uma delas, comprovando seu talento em filmes inesquecíveis.
Aula 1 | Em torno do Noir
O noir propriamente dito está em dois filmes de Wilder, Pacto de Sangue e Crepúsculo dos Deuses, mas outros quatro se situam ao redor do noir ou do mundo do crime, incluindo o seu primeiro filme, realizado na Alemanha.
Mauvaise Graine (1934)
Pacto de Sangue (1944)
Crepúsculo dos Deuses (1950)
A Montanha dos Sete Abutres (1951)
A Vida Íntima de Sherlock Holmes (1970)
Fedora (1978)
Aula 2 | Dramas de guerra, dramas da alma
Entre filmes de guerra e filmes sobre problemas emocionais ou jurídicos, Wilder foi um excelente diretor para o drama humano, sentimento presente também num filme de aventura sobre um pioneiro da aviação.
Cinco Covas para o Egito (1943)
Farrapo Humano (1945)
A Mundana (1948)
Inferno 17 (1953)
Águia Solitária (1957)
Testemunha de Acusação (1957)
Aula 3 | Comédias mais ou menos românticas
Boa parte da carreira de Wilder foi dedicada à comédia, principalmente a que envolve algum romance. Desde seu primeiro longa americano, A Incrível Susana, o diretor soube trabalhar com as fórmulas estabelecidas por Lubitsch em Ninotchka (que Wilder roteirizou) e A Loja da Esquina.
A Incrível Susana (1942)
A Valsa do Imperador (1948)
Sabrina (1954)
Amor na Tarde (1957)
Se Meu Apartamento Falasse (1960)
Irma la Dulce (1963)
Beija-me, Idiota (1964)
Avanti (1972)
Aula 4 | Comédias irônicas e comédias insanas
Na outra faceta cômica de Wilder, a insanidade dá o tom, em ritmo alucinado e piadas que esbarram na vulgaridade sem se contaminar por ela. Grande parte do sucesso de Wilder reside em suas comédias mais rasgadas.
O Pecado Mora ao Lado (1955)
Quanto Mais Quente Melhor (1959)
Cupido Não tem Bandeira (1961)
Uma Loura por um Milhão (1966)
A Primeira Página (1974)
Amigos, Amigos, Negócios a Parte (1982)
Sobre o professor: Sergio Alpendre é crítico de cinema, professor, pesquisador, curador e jornalista. Escreve frequentemente na Folha de S. Paulo, onde tem mais de 400 textos sobre cinema publicados, e no site Leitura Fílmica. É doutor em Comunicação/Cinema pela Universidade Anhembi-Morumbi, com bolsa da CAPES (incluindo bolsa sanduíche para onze meses em Portugal). Mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com bolsa da CAPES. Editor do Papo de Alpendre, no canal próprio do YouTube. Já escreveu para importantes veículos de imprensa, como UOL, Contracampo, Teorema, Cineclick, Foco, MOVIE, Taturana, Cinequanon, Revista E, Bravo, Aventuras na História e Filme Cultura. Fundou e editou a Revista Paisà (impressa) e a Revista Interlúdio (online).