O curso oferece uma análise crítica do uso de elementos de terror na representação do envelhecimento feminino. Serão investigadas obras clássicas como “Crepúsculo dos deuses” (1950) e “O que terá acontecido a Baby Jane?” (1962), até produções recentes como “Hereditário” (2018), “A favorita” (2018) e “A substância” (2024), refletindo sobre como essas narrativas dialogam com questões culturais, sociais e políticas. Além de analisar imagens cinematográficas, a formação conecta o hagsploitation a temas como etarismo, feminismo e estudos de gênero, promovendo reflexões sobre como o subgênero questiona e subverte construções sociais, consolidando-se como um espaço relevante para debater o envelhecimento no cinema. 

Aula 1 | Introdução ao hagsploitation e exemplos clássicos  

Declínio das estrelas femininas da Era de Ouro de Hollywood e surgimento do subgênero hagsploitation. 

Análise de “Crepúsculo dos deuses” (1950) e “O que terá acontecido a Baby Jane?” (1962). 

Temas centrais: isolamento, decadência, rivalidade e exploração do grotesco e do etarismo. 

Aula 2 | Representação do envelhecimento feminino no cinema e exemplos contemporâneos  

Debates feministas e culturais sobre envelhecimento e estereótipos no cinema. 

Análise das obras: “Hereditário” (2018) e “A favorita” (2018). 

Discussão prática: O que mudou e o que permanece nas representações de mulheres mais velhas entre o cinema clássico e contemporâneo? 

Aula 3 | Análise de “A substância”, hagsploitation e body horror moderno  

“A substância” (2024): direção, narrativa e personagens. 

Temas abordados: trauma, isolamento, feminilidade e elementos clássicos do hagsploitation reinterpretados. 

Atividade prática: produção de texto crítico sobre um filme ou trecho da filmografia complementar do subgênero, integrando análise estética e sociocultural. 

Aula 4 | Reflexões finais e discussão crítica  

Conexões entre teoria e prática: resumo dos principais debates sobre o hagsploitation e o envelhecimento feminino no cinema. 

Leitura e debate das produções críticas realizadas pelos participantes. 

Sobre a professora: Karina Almeida é escritora e pesquisadora de cinema. Realizou uma pesquisa de mestrado na Université Paris 1 – Sorbonne sobre “Corpo e envelhecimento feminino no cinema contemporâneo”. Desenvolve pesquisa de doutorado na Unifesp sobre representação do envelhecimento no cinema brasileiro.