O espetáculo solo Carta ao pai, baseado na obra homônima publicada postumamente do escritor tcheco Franz Kafka, traz uma reflexão sobre as relações familiares com uma potente e sensível atuação do ator e diretor Dionisio Neto. Em um sanatório, internado com tuberculose no auge do inverno, o oprimido e doente autor judeu Franz Kafka escreve uma carta para seu pai, o comerciante Hermann Kafka, em que fala de seu medo da figura paterna e de sua relação com ele em um acerto de contas de anos. A carta revela passagens de seu passado tirano e propõe soluções para o convívio pacífico entre os dois.

Ficha técnica
Adaptação, direção, figurino, cenografia, trilha e produção: Dionisio Neto
Iluminação, operação de som e luz: Roberto Herrera Bueno

Dionisio Neto (São Luís, 1971) é autor, ator, diretor, roteirista, poeta, figurinista, compositor, cantor, iluminador, empresário, professor, palestrante e produtor. Cursou Letras na FFLCH–USP e participou do primeiro workshop de dramaturgia do Royal Court Theatre de Londres no Brasil. Trabalha em teatro, cinema (Carandiru, Garotas do ABC, Contra todos, entre outros), TV (A favorita, Morde e assopra, Carandiru – outras histórias, A dona do pedaço – TV Globo) e internet (Crime time: hora de perigo – Canal +, França). Atuou no CPT de Antunes Filho e no Teatro Oficina de José Celso Martinez Corrêa, entre outros. Apresentou seus espetáculos em festivais nacionais e internacionais e ganhou diversos prêmios. É diretor artístico da Companhia Satélite desde 1995.

Franz Kafka é escritor tcheco, nascido em 3 de julho de 1883. Era judeu e tinha uma relação conflituosa com seu pai, uma figura opressora que esteve, indiretamente, presente nas narrativas do escritor. Formado em direito, trabalhou, durante 14 anos no Instituto de Seguro de Acidentes de Trabalho, mas teve sua aposentadoria antecipada em 1922, devido à tuberculose. As obras do escritor possuem traços expressionistas e estão abarcadas pelo modernismo. Portanto, é possível verificar, em suas narrativas, a deformação da realidade, a presença de alegorias, o caráter não convencional, o absurdo e o pessimismo. Seus principais livros são A metamorfose, O processo e O castelo.