O curso irá proporcionar o entendimento do found footage enquanto uma linguagem que, a partir do terror, espalhou-se por diversos outros gêneros, tanto no cinema quanto na televisão, não apenas refletindo o espírito de sua época, mas também antecipando dilemas muito atuais, como a indefinição das fronteiras que separam realidade de ficção, algo cada vez mais possibilitado pelas redes sociais e pela utilização de inteligências artificiais.
Caracterizado por ser filmado pelos personagens da história utilizando-se de câmeras e outros dispositivos presentes no próprio filme, o que cria uma perspectiva em primeira pessoa, e apresentado como se fosse o conteúdo de filmagens encontradas – daí vem o termo found footage - o subgênero deflagrado por A Bruxa de Blair tornou-se extremamente popular no século XXI, gerando franquias bem-sucedidas como [REC], Atividade Paranormal e Cloverfield.
Aula 1 | Os precursores do subgênero
• Drácula, Frankenstein, O Chamado de Cthulhu: os romances e contos epistolares
• Guerra dos Mundos: a transmissão de rádio que apavorou os EUA
• Mondo Films e o surgimento dos shockumentaries.
• Snuff movies: terrores reais ou lendas urbanas?
• Holocausto Canibal, o controverso pioneiro italiano
Aula 2 | O nascimento do fenômeno
• U.F.O. Abduction, o “elo perdido” do found footage
• Ghostwatch: chocando os espectadores da BBC
• Curse of the Blair Witch: um falso documentário como estratégia de marketing
• A Bruxa de Blair: desbravando a internet e pegando o mundo de surpresa
• A franquia A Bruxa de Blair procura seu caminho
Aula 3 | A consolidação do found footage
• As Fitas de Poughkeepsie: o found footage encontra o true crime
• [REC]: da Espanha para Hollywood
• O terror doméstico de Atividade Paranormal
• Cloverfield, o found footage em escala gigante
Aula 4 | O legado de A Bruxa de Blair
• Abordagens cinematográficas do found footage
• O found footage através das décadas e ao redor do mundo
• A incursão de M. Night Shyamalan pelo subgênero com A Visita
• Amizade Desfeita, Host e o desktop horror
• You Tube, o reino do analog horror
Sobre o professor: Marcelo Marchi é roteirista das séries Boca a Boca (Netflix), Marias (Sony) e Sociedade da Virtude (Max), dos programas Queimando a Língua (Jovem Nerd) e Saca Rolha (Band News FM) e da HQ Bilhetes, vencedora do Troféu Ângelo Agostini (Melhor Roteirista e Lançamento Independente). Mestre em Imagem e Som pela UFSCAR, estuda o cinema de terror desde 2007, é professor da Pós-Graduação em Roteiro Audiovisual no SENAC.